Coaching como ferramenta de desenvolvimento profissional

Não existe fracasso, apenas feedback. Este é um grande conceito. Richard Bandler(1), acompanhando atletas de alto desempenho, percebeu que a diferença entre os campeões e os outros era que os primeiros ao treinarem mantinham sua atenção nos acertos.

Um jogador de futebol ao treinar cobranças de faltas, a cada 10 tentativas conseguia fazer um gol. Era nesse gol marcado que ficava toda a sua atenção e daqui a pouco ele já estava marcando dois gols a cada 10 cobranças até chegar a índices de acerto muito elevados. Já os outros lamentavam-se pelos gols perdidos.

Quando recebemos nossos resultados (feedback) apenas como resultados e, principalmente, fonte de aprendizado e mudança tiramos um enorme peso dos nossos ombros e ficamos livres e leves para obter aquilo que queremos. O aprender está no fazer; não existem pessoas sem recursos, apenas estados mentais sem recursos; ter uma escolha é melhor do que não ter nenhuma. Esses são apenas alguns dos diversos pressupostos do coaching.

E ter uma escolha não significa saber que ela existe, mas exercê-la. Assim, eu sei que tenho a possibilidade de fazer exercícios físicos, mas isto só será uma escolha, ou uma opção, para mim, se eu programo um horário do meu dia e, por exemplo, vou correr. Se, por outro lado, os dias passam, as semanas e meses também sem que eu tenha feito nada, mesmo sabendo que existe a opção do bom condicionamento físico, ela não é uma escolha para mim.

Apesar de existirem várias definições para coaching, talvez nenhuma consiga abranger tudo que o esta técnica pode representar. Basicamente, é um processo estruturado no qual um profissional especializado reúne-se com o cliente, com a finalidade de alcançar determinados objetivos. O coaching ajuda a pessoa a operar no pico da sua capacidade, direcionando-a para o caminho desejado. Diferentemente do conceito de ensinar, a técnica é voltada a ajudar o cliente a aprender.

João Luiz Cortez

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O Papa é Pop.

O Papa é Pop.

“Qualquer coisa
Quase nova
Qualquer coisa
Que se mova
É um alvo e ninguém tá salvo.

O Papa é Pop, o Papa é Pop! O Pop não poupa ninguém. O Papa levou um tiro à queima roupa… O Pop não poupa ninguém.”

Engenheiros do Hawaii.

Você já parou para pensar o que significou para o líder mundial da Igreja Católica, Joseph Ratzinger, nomeado como Papa Bento XVI, renunciar ao papado, ou seja, à liderança?

O motivo que levou um grande líder mundial, talvez o maior, a renunciar, está estampado nos jornais, revistas, internet etc.. O que lemos são explicações técnicas subjetivas, mas vamos pensar profundamente, deixando nossas crenças de lado, o que isso realmente significa. O que significa, para um grande líder, abrir mão de tudo e dizer: não tenho mais condições para o cargo? O que, de fato,  este grande líder deve estar sentindo ao sair de um posto de altíssima liderança, decepcionar milhões de seguidores, sem poupar ninguém, levando um tiro à queima roupa e desistir?

Podemos pensar, como ele mesmo disse, que o corpo falou mais alto?

Quantos líderes pensam em renunciar ao cargo e não ouvem seu corpo?

Carl Gustav Jung estudava na integração do corpo e da mente e escreveu: assim como o nosso corpo é um verdadeiro museu de órgãos, cada um com a sua longa evolução histórica, devemos esperar encontrar também na mente uma organização analógica. Nossa mente não poderia jamais ser um produto sem história, em situação oposta ao corpo que existe.
Jung estudava a integração da mente e corpo e acreditava que um não pode sobreviver sem o outro.

Somos e deixamos ser avaliados pela nossa mente; às vezes, trabalhamos doentes, fazendo o que não queremos ou quase não conseguimos, por somente ouvir nossa mente. Em seu livro, “O despertar de uma nova consciência”, Eckhart Tolle deixa claro : as pessoas estão sendo identificadas pela sua mente, o que corresponde à identificação do distúrbio egóico e acabamos esquecendo do nosso corpo e o que realmente ele necessita.

Estamos, cada vez mais, desacelerando nosso corpo e acelerando nossa mente. É necessário começar a fazer algo, ainda que pareça simples, que consiga ajudar nosso corpo a agir, como, por exemplo, intercalar o conforto do carro por alguma caminhada, a comodidade do controle remoto por alguns passos até a televisão.

Podemos evitar essa desaceleração e voltar a fazer com que nosso corpo atue em conjunto com nossa mente, diminuindo o processo de individualização, deixando o ego ser conduzido por nossas reais necessidades e limitações.
A integração entre o corpo e a mente é cada vez mais necessária. A simples decisão de sair da tela do computador para sentir o corpo e buscar novos horizontes é fundamental.

De fato, o Papa é Pop e muito íntegro por dar seu peito a um tiro à queima roupa e assumir as dificuldades integradas do corpo e da mente. Para um grande líder, não existe ego; o que existe é o exemplo de tudo o que ele fez e faz por seus liderados.

Meu corpo não é meu corpo, é ilusão de outro ser. Sabe a arte de esconder-se. E é de tal sagaz que a mim de mim ele oculta meu corpo, não meu agente. Meu envelope selado, meu revólver de assustar. Tornou-se meu carcereiro, me sabe mais que me sei.
Carlos Drumond de Andrade