Feedback é um presente: pratique essa ideia
Dar ao outro a oportunidade de melhorar, de avaliar a sua postura pessoal e profissional. Contribuir para um exercício de reflexão e autoconhecimento, capaz de resolver conflitos, estreitar laços e gerar um novo fôlego para o processo. O feedback é um recurso poderoso na arte de liderar pessoas, expectativas e projetos. Encare essa prática como um presente para as duas partes envolvidas e transforme o seu cotidiano.
Por que implantar a cultura do Feedback?
- Para potencializar os pontos fortes das pessoas;
- Oferecer feedback sobre o comportamento que causa impacto negativo na organização;
- Oferecer oportunidades de desenvolvimento: treinamento ou coaching;
- Realocar o profissional numa posição ou num cargo técnico que irá minimizar os efeitos negativos (de drenagem de energia) sobre os outros;
- Dar a oportunidade para o profissional florescer em outro lugar.
“ Mas quando percebemos que se trata de uma planta ruim, é preciso que a arranquemos imediatamente ” Saint-Exupery – O pequeno príncipe p.21
Como implantar a cultura do feedback?
Destaque o positivo!
- Baseando-se no estudo de Losada, “2,9013 é a proporção de afirmações positivas para cada afirmação negativa, para tornar uma equipe bem sucedida”. Isto significa que são necessários 3 comentários positivos para reverter os efeitos de um comentário negativo.
Você já parou para observar quantos feedbacks positivos recebe ou dá no ano? Temos o hábito de focar no feedback negativo e deixamos de lado o poder do feedback positivo.
Pesquisas comprovam que as pessoas recebem, em média, apenas alguns minutos de feedback positivo por ano, versus milhares de horas de feedback negativo.
Líderes compreendem claramente que qualquer ser humano tem necessidade absoluta de feedback positivo.
Temos o hábito de nos autocriticar, observe quantas vezes você se autoflagela “Sou um idiota” ”Que coisa mais insensata” “Eu poderia ter feito melhor” “Não gostei do que eu fiz” “Não tenho capacidade”.
Estamos continuamente criticando, preocupando-nos e imaginando o pior das pessoas e de nós mesmos. Precisamos nos ajudar e ajudar as outras pessoas a tranquilizarem um pouco essa voz interna, pois é provável que sejamos capazes de influenciar seus pensamentose, portanto, os resultados gerados por eles.
Isso nos remete ao que W. Timothy Gallwey fez na década de 1970, descrito no livro The Inner Game Off Tennis. Tim afirmou que poderia ensinar qualquer um a jogar tênis em apenas 30 minutos, utilizando suas técnicas especiais de coaching . Um canal de televisão resolveu desafiá-lo e apresentou uma mulher de meia idade, que não praticava exercícios físicos há muito tempo e que jamais havia segurado uma raquete de tênis. A mulher entra na quadra e parece brincar, por trinta minutos ela executa backhands, voleios e saques, enquanto Tim indica diferentes atividades nas quais ela deve se concentrar para que sua mente consciente tenha outra coisa para fazer em vez de se preocupar. E, durante todo o tempo, ele fornece feedbacks positivos.
Precisamos de um novo modelo de feedback que não seja apenas uma nova embalagem do mesmo produto. Uma nova abordagem incluiria abordagens como:
– O que você fez bem e o que descobriu sobre si mesmo como resultado?
– Quais foram os destaques desse projeto e o que você aprendeu?
– O que deu certo? Você gostaria de conversar sobre como exercitar mais isso?
– O que você fez bem e qual foi o impacto disso sobre as outras pessoas?
Não quero dizer que devamos simplesmente desculpar e esquecer os fatos quando uma pessoas faz uma grande besteira. Há momentos em que precisamos ser honestos e ter uma conversa direta sobre o baixo desempenho. Como as pessoas são muito severas consigo, proponho que, acima de tudo, destaquemos o positivo e deixemos a parte negativa por conta das próprias pessoas. Assim em geral os resultados serão melhores em termos de aperfeiçoamento de desempenho.
Então vamos lá:
1 – Destaque o positivo seu e das pessoas;
2 – Deixe as pessoas saberem o que você destaca de positivo nelas;
3 – Peça feedbacks às pessoas sobre seus pontos positivos.
Depois deixe-me saber como está o aperfeiçoamento do desempenho seu e de sua equipe.
Fontes: Positive Leadership, Barrett-Khoeler Publishers, San Francisco 2009 p.44 e 45; Shawn Achor, The Happiness Advantage, (Virgin Books, 2010) p.61; The inner game of tennis, W. Timothy Gallwey; Liderança Tranquila, David Rock
Buscar a excelência, lapidar talentos, minimizar fraquezas e converter possibilidades em resultados. O que você tem feito para reciclar suas estratégias, perspectivas e ações? É chegada a hora de se posicionar, de ir além das especulações; buscar meios para driblar as adversidades e escrever uma nova história.
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Cristina Gomes