O que se vê depende de onde se senta
“Quando se está no alto da arquibancada, durante um jogo de tênis, é possível observar os ângulos e os padrões da estratégia, mas perde-se a explosão física do tênis profissional no chão. Quando se está nas laterais da quadra, no nível do solo, percebe-se a explosão física, mas os ângulos e o posicionamento não são vistos. E somente na quadra em si, na ação, fica visível toda a percepção da velocidade da bola e do fato de que, apenas por meio de reações quase instantâneas, com padrões de resposta replicáveis e bem-definidos, qualquer estratégia terá condições de ser bem-sucedida, da perspectiva mais alta do jogo.”
Onde você está sentado?
Atualmente, temos visões corporativas impregnadas de modelos mentais quase inabaláveis. A pergunta é: estamos satisfeitos com esses modelos?
Externamente, podemos estar; internamente, ficamos brigando com nosso ego mais profundo.
Sente-se onde queira sentar, permita a autoavaliação e dê o exemplo do que realmente acredita. Leve sua consciência até onde de fato queira e não deixe que as pessoas a levem por você.
Albert Einstein dizia: “Nenhum problema é resolvido no mesmo nível de consciência que foi criado”
Gosto muito de citar esta frase e usar a analogia do estado em que foi criado.
Será que temos a consciência do que acreditamos e transformamos em um estado de modelo mental?
Reclamar do nosso Líder? Ok! E novamente pergunto: Onde você quer se sentar?
A partir do momento que eu reclamo do meu Líder, posso fazer o seguinte exercício de consciência: O que eu faria no lugar dele? Como eu agiria? Posso ajudá-lo? Sou exemplo para isso?
Tanto a quadra quanto a arquibancada são posições importantes; tudo depende da hora, do momento, da consciência que quero ter e sentir no momento.
O que eu quero acreditar é o responsável pelo estilo do meu modelo mental. Eu me sento onde eu quiser, independentemente da posição. A explosão depende de mim.
Reclamar da minha Equipe? Tudo bem! Sim, eu sou a minha Equipe; e o que eu posso fazer para evoluir e levá-los comigo à evolução? Qual modelo mental eu prefiro?
Sente-se onde quer sentar. Seja o exemplo.
Uma breve dissertação que li sobre consciência: “A palavra consciência remete a dois sentimentos: um na ordem prática, ou seja, se estamos acordados ou não, e outra de ordem subjetiva, que nos remete ao fato de ter a consciência de quem somos nós e qual o nosso papel nesse mundo.”
Particularmente, prefiro a segunda indagação.
Ser consciente refere-se a nossa maneira de existir no mundo. Está relacionado com a maneira como conduzimos nossas vidas e, especialmente, com as ligações emocionais que estabelecemos com pessoas e situações no nosso dia a dia. Ser dotado de consciência é ser capaz de amar!
A partir do momento em que estive cara a cara com a “minha” consciência (e não com a consciência alheia), passei a me sentar onde eu quero! A viagem aos meus modelos mentais quem programa sou eu!
Entre na quadra, sinta a explosão humana e seja muito bem-vindo a este maravilhoso mundo da autoliderança!
Cristina Gomes
e-mail: cristina@asasdh.com.br